Na presente data (16/12/2015), a AOJUS/DF, representada pelo Presidente Gerardo Lima e pelo Vice-presidente Júlio Fontela, se reuniu com o Secretário de Segurança do TJDFT, Leonilson Oliveira, com o Subsecretário de Segurança, Marco Ferreira, e com o Supervisor do Núcleo de Inteligência, Sérgio Henrique Cunha, para tratar de medidas para garantir a segurança dos Oficiais de Justiça, bem como do caso relatado anteriormente de possível risco na Estrutural. Com relação a esse episódio, o Secretário de Segurança, em conjunto com os demais órgãos de segurança pública, levantou a informação de que a ameaça partiu da pessoa cuja ficha e foto seguirá no WhatsApps dos Oficiais, bem como que não foi direcionada especificamente aos Oficiais de Justiça, mas de forma genérica aos servidores do sistema de segurança pública como um todo, principalmente os policiais que atuam na região.
Toda a rede de segurança pública está atenta a essa pessoa, contudo a informação é de que o risco está controlado. De qualquer forma, seguem os dados dele para que os Oficiais do local diligenciem com o máximo de cautela. Com isso, suspendemos a recomendação de interrupção das diligências no setor, mantidos, contudo, os cuidados decorrentes de ser uma área de risco.
Naturalmente, cada uma das medidas requer algumas providências e um tempo de preparação. No entanto, a disponibilização de um telefone da segurança e o ingresso de um Oficial na inteligencia devem ocorrer até o retorno do recesso. O acompanhamento dos agentes de segurança em algumas situações requer uma adaptação do efetivo deles que é pequeno, além do recebimento do armamento necessário. Isso deve ocorrer em uns três meses. Os materiais de segurança dependem da obtenção de disponibilidade orçamentária, não sendo possível prever um prazo definido. Uma outra proposta a ser examinada diz respeito a um curso de formação para os Oficiais de Justiça que ingressarem no quadro com algumas matérias típicas das instituições policiais. Essa providência prepararia mais os novos servidores para evitar situações de violência.
Por fim, sugerimos aos Oficiais a tentativa de começar a cumprir os mandados em dupla. Essa providência ajuda a reduzir os riscos de acordo com as estatísticas de criminalidade. Ainda que saibamos que essa medida implica em mais tempo para cumprir os mandados, é preferível reduzir a quantidade de diligências do que expor a vida dos servidores a risco. Não há mais categoria de servidores públicos com uma atividade invasiva como a nossa trabalhando sozinho. Esse modelo está completamente obsoleto. A quantidade de mandados deve ser adaptada para viabilizar o trabalho em dupla. A prioridade de todos, inclusive e principalmente do tribunal, deve ser garantir a integridade dos servidores.
Ressalte-se que fomos muito bem recebidos pela Secretaria de Segurança do Tribunal, que deixou um canal aberto para juntos adotarmos as providências necessárias a fim de que os riscos da atividade do Oficial de Justiça sejam mitigados. Eles estão empenhados no desenvolvimento de um sistema que permitirá aos Oficiais o acesso aos dados dos destinatários das diligências e dos riscos do local de cumprimento. Sem dúvidas, será outro grande passo no sentido de reduzir os riscos próprios do trabalho do Oficial de Justiça. Tudo isso no intuito de garantir a prestação jurisdicional para a sociedade sem expor desnecessariamente e de forma desproporcional a vida do servidor.