No início da tarde desta quinta-feira (21), os coordenadores Jailton Assis e Cledo Vieira foram recebidos pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, graças à pressão da greve, muito por parte da marcha da PGR até o STF, para tratar do reajuste da categoria. Os coordenadores levaram ao ministro a esperança da categoria no sentido de que ele resolva esse cenário de desvalorização salarial que se arrasta desde 2006 e pediram o empenho dele na viabilização do reajuste junto ao Executivo. O presidente confessou que se sentiu incomodado com as buzinas do ato desta quarta-feira (20), cujo som estridente invadiu o Plenário da Corte. Garantiu aos coordenadores que está do lado da categoria, que é parceiro dos servidores, e que vai se empenhar para resolver essa questão. Segundo ele, é necessário que os servidores já recebam parte deste reajuste em 2015. Frisou que não concorda com a posição do governo de só discutir reajuste a partir do próximo ano demonstrando consciência com a urgência da reivindicação da categoria. Os coordenadores reivindicaram que o presidente defenda a autonomia do Judiciário e atue em conjunto com o PGR, Rodrigo Janot, para resolução do problema de toda categoria: servidores do Judiciário e do MPU. Também explicaram ao ministro que o impacto orçamentário do reajuste pleiteado sobre a folha é de cerca de 30%, inferior, portanto, à inflação acumulada no período. O Sindjus informou que a categoria aprovou as tabelas que estão no Congresso Nacional, enviadas aos respectivos relatores dos PLs 6613/09 e 6697/09 na Comissão de Finanças e Tributação e já apresentadas na forma de substitutivos. Também colocaram ao ministro a importância de se garantir o reajuste em sua totalidade, mesmo que ele não seja pago integralmente em 2015. O diretor-geral do STF, Amarildo Oliveira, ficou, a pedido de Lewandowski, de fazer os estudos necessários para a implementação do plano em parcelas, conforme nas edições anteriores. O DG afirmou ao presidente que esses estudos estão em fase avançada. Para a direção do Sindjus, a conversa com o ministro demonstra, além da posição de negociar, que não há nada garantido, que tudo ainda está em construção, e por isso a greve deve ser fortalecida.