O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, podem se encontrar na terça-feira, dia 1º de junho, para tratar do PCS dos servidores do Judiciário Federal. A possível reunião foi sinalizada por Bernardo durante a negociação com deputados e o Comando Nacional de Greve ocorrida na noite desta quarta-feira (26).
A data coincide com o Dia Nacional de Luta programado pelo Comando de Greve. A perspectiva é de que sejam realizadas manifestações em todo país, inclusive em Brasília, para exigir avanços nas negociações em torno da revisão do Plano de Cargos e Salários.
MINISTRO DIZ ESPERAR PROPOSTA DO STF
Na mesa de negociação formada, por volta das 18h20, no gabinete do ministro do Planejamento, os servidores defenderam a proposta de revisão e a existência de alternativas orçamentárias para garantir a implementação do projeto este ano.
Cerca de 20 pessoas participaram da reunião, entre deputados, servidores e representantes do governo. Ao final, jornalistas de rádios e TVs também entraram para falar com o Bernardo. O encontro entre os deputados da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos e o ministro estava previamente marcada. A possibilidade de participação dos servidores, porém, era dada como incerta.
O ministro, que voltou a alegar que não há recursos para 2010, disse que espera do STF uma proposta para que a questão orçamentária seja negociada. E apontou a terça-feira que vem para o possível encontro com Peluso ? o que, segundo ele, ainda teria que ser marcado.
?GREVE FORÇA A NEGOCIAÇÃO?
Na avaliação do servidor Antonio Melquíades, o Melqui, que participou da reunião, essa perspectiva de negociação deve-se à greve nacional da categoria. O dirigente da federação nacional e do Sintrajud (SP) relatou que em nenhum momento o ministro disse que não haveria PCS, mas bateu na tecla de que não há recursos para esse ano e que o projeto tem que ser negociada entre os dois poderes, o Executivo e o Judiciário. ?Ele falou muito nisso, que a proposta tem que ser negociada entre um poder e outro?, disse o servidor, que também integra o movimento Luta Fenajufe.
Mesmo assim, observa Melqui, o ministro não contestou quando os servidores rebateram dizendo que esse obstáculo orçamentário foi levantado em todas ao outros três planos de cargos e em todos o problema foi resolvido, por meio de acordos políticos respaldados nos trâmites legais. Acordos firmados sob a pressão de greves nacionais da categoria, como a que agora atinge 21 estados do país.
Fonte: Luta Fenajufe Notícias, por Hélcio Duarte Filho