GOVERNO JÁ ADMITE NEGOCIAÇÃO DOS PCCRS

No início da noite desta quarta-feira (26) o Coordenador geral do Sindjus, Roberto Policarpo e diversos dirigentes sindicais de outros estados participou de reunião marcada pelos deputados da Comissão de Trabalho da Câmara com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O tema central do encontro foi a negociação para aprovação dos novos PCSs dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. A reunião foi intermediada pelos deputados Alex Canziani (PTB-PR), Sabino Castelo Branco (PTB-AM), Eudes Xavier (PT-CE), Paulo Rocha (PT-PA), Fernando Marroni (PT-RS), Alice Portugal (PCdoB-BA), Gorete Pereira (PR-CE) e Maria Helena (PSB-RR), que manifestaram a intenção de fechar um acordo em relação ao projeto.
 
O ministro Paulo Bernardo começou a audiência afirmando que não há verba para implementar os planos ainda este ano e que o impacto orçamentário é muito alto. Ao que Policarpo respondeu que o impacto é grande como foi as reestruturações nos anos anteriores e que com um pouco de vontade política todas as coisas poderiam ser resolvidas. O ministro disse, ainda que não há verba para pagar neste ano. Em resposta aos argumentos do ministro, sobre o fato de não haver verba para 2010, o coordenador da Fenajufe Roberto Policarpo deixou claro que a reivindicação da categoria é de que seja implementado pelo menos uma parte este ano. Ele ressaltou, ainda, que no PCS de 2006 o governo argumentava não haver previsão orçamentária, mas ao final o projeto foi aprovado, com duas parcelas implementadas naquele ano.
 
Paulo Bernardo informou que recebeu uma orientação do presidente Lula para negociar. O ministro afirmou, no entanto, que não poderá tratar diretamente com os servidores, por estes serem de outro Poder. Que tratará diretamente com o STF. Segundo Policarpo, a reunião foi animadora e a categoria precisa reforçar a greve. ?A reunião já é reflexo do trabalho que estamos fazendo desde o início do mês. Mas, o ritmo ainda é muito lento. Temos que intensificar a greve para acelerar a negociação.
 
FONTE: SINDJUS/DF