Reunidos sob o sol forte que fez em Brasília na tarde desta terça-feira [25] servidores do Judiciário Federal e do MPU aprovaram, durante assembleia geral, a adesão, a partir de hoje, à greve por tempo indeterminado pela aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Sem nenhum voto contrário e nenhuma abstenção, a deflagração da greve foi aprovada pelos mais de mil servidores, na Praça dos Tribunais, que decidiram se juntar aos demais Estados que já estão no movimento grevista.
A assembleia foi dirigida pelo coordenador geral do Sindjus-DF e da Fenajufe, Roberto Policarpo, que anunciou também a presença dos representantes dos Estados que vieram compor o Comando Nacional de Greve esta semana. Além de dirigentes do DF, também estiveram na assembleia representantes de Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Paraíba, Pará, Amapá e Rio Grande do Sul.
Policarpo argumentou em sua fala durante a assembleia que, devido à falta de uma resposta da cúpula do Judiciário e do governo federal em torno das negociações sobre a previsão orçamentária do Plano, não restaria outra saída para a categoria a não ser a deflagração da greve por tempo indeterminando, engrossando o movimento em nível nacional. O coordenador da Fenajufe informou que, em conversa hoje de manhã por telefone, Amarildo Vieira, diretor de Recursos Humanos do STF, disse que ainda hoje deverá ser reunir com o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo, para discutir algumas diretrizes sobre o processo de negociação referente ao novo PCS. O representante do Supremo também afirmou, segundo disse Policarpo na assembleia, que nos próximos dias deverá ocorrer uma reunião do STF com o Ministério do Planejamento.
?Para nós agora não nos interessa somente a aprovação do projeto na Comissão de Trabalho, mas sim o fechamento das negociações que garantam a implementação de nossos planos. O projeto do PCS do MPU, por exemplo, já foi aprovado na Ctasp e já está na Comissão de Finanças, mas por enquanto continua parado lá. A nossa greve, portanto, é para buscar acelerar esse processo de negociação, que caminha em ritmo de tartaruga?, disse Policarpo, ao ressaltar a necessidade da adesão à greve por tempo indeterminado.
Na avaliação do coordenador do Sindjus-DF e da Fenajufe a categoria no DF já deu o tempo mais que suficiente para que as negociações avançassem mas, até o momento, nenhuma resposta concreta foi dada à categoria. ?Por isso, a situação exige que todos estejam na greve?, disse, chamando a categoria do DF para construir ?a maior greve da história do Judiciário Federal e do Ministério Público da União?.
Jailton Mangueira, coordenador do Sindjus-DF, convocou os servidores presentes a participarem dos piquetes que serão realizados nos locais de trabalho a partir desta quarta-feira [26]. ?Vamos avançar em todos os locais de trabalho e construir uma grande greve nos órgãos do Distrito Federal?, disse.
Calendário de mobilizações
Além de aprovar a deflagração da greve por tempo indeterminado, a assembleia do Sindjus-DF também definiu um novo calendário de mobilização, que inclui os piquetes amanhã e um ato na tarde de quinta-feira [27], em frente ao STF. Ao final da manifestação, o sindicato promoverá nova assembleia geral para avaliar a situação das negociações e definir os rumos do movimento.
Na assembleia também foi acertado um indicativo de ato público para a próxima terça-feira, 1º de junho, em frente ao Ministério do Planejamento. Essa atividade será referendada na assembleia de quinta-feira.
Fonte: Fenajufe por Leonor Costa
NOTA AOJUS:
Na área restrita do site há informações que tratam da adesão dos oficiais à greve. É muito importante que todos os oficiais leiam.