Os servidores de Londrina puderam constatar, em reunião com o presidente da Comissão de Trabalho da Câmara (CTASP), Alex Canziani (PTB-PR), o que já vem sendo percebido pela categoria – e por isso a deflagração da greve nacional: a dificuldade de aprovação do PL 6613/2009 (PCS-4) no Congresso Nacional.
De acordo com Malú Tomaz, servidora da 4ª Vara do Trabalho da cidade, que agendou a reunião, o deputado voltou a se mostrar favorável à reivindicação, mas deixou transparecer a real dificuldade de avanço do projeto no Legislativo.
?Pelo que podemos sentir hoje da conversa com o Alex, o governo não quer que o nosso projeto seja aprovado. Da parte do deputado, percebemos empenho na tentativa de buscar negociações com o Executivo, mas o que está parecendo mesmo é que o governo não quer reajuste nenhum, não quer aprovar nada?, afirma.
Segundo o parlamentar, o governo vem insistindo no discurso de que os salários do Judiciário já estão altos. Na conversa, Malu respondeu lembrando a questão da isonomia com carreiras que exercem atribuições semelhantes. O parlamentar disse que levaria o argumento às reuniões com as cúpulas dos poderes.
Em busca de uma solução para a questão orçamentária, principal empecilho utilizado pelo governo para impedir que a revisão salarial dos servidores avance, o parlamentar informou que terá reunião com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, às 17h desta terça-feira, 11 de maio.
Com o mesmo objetivo, acrescentou que está tentando agendar, para ainda esta semana, uma reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Até agora, a assessoria do deputado não obteve resposta quanto à possibilidade deste encontro.
Votação do PLP 549
Canziani confirmou que o PLP 549/2009, do congelamento salarial, que está na pauta desta semana, 12 de maio. Os servidores solicitaram ao deputado que acompanhe o voto do relator, contrário ao projeto, e que defenda isso junto aos outros parlamentares da Comissão de Trabalho, para que o projeto seja engavetado no Congresso Nacional. Canziani disse não enxergar dificuldade no pedido e que acredita na rejeição da proposta na Comissão.
Fonte: Sintrajud por Janaina de Castro