Uma Oficiala de Justiça foi mantida em cárcere privado e ameaçada de morte durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. O fato aconteceu na última terça-feira (20), em Caxias do Sul.
Segundo informações divulgadas pela Abojeris, a servidora do Tribunal de Justiça do RS cumpria o mandado de busca e apreensão de veículo em uma revenda de automóveis quando foi mantida em cárcere privado, desacatada e ameaçada de ser executada a tiros pelo filho do dono do estabelecimento.
A Brigada Militar foi acionada e o autor do ato foi conduzido até a delegacia de polícia. Uma arma de fogo municiada e carregada foi encontrada no interior da empresa.
A Fenassojaf se solidariza com a colega do TJRS e manifesta repúdio a mais este episódio de violência praticado contra uma servidora do exercício da profissão. É inadmissível que Oficialas e Oficiais de Justiça sigam sem o devido reconhecimento do risco da atividade.
A Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Federais, em conjunto com a Afojebra, Fesojus-BR e demais associações e sindicatos nos estados tem como pauta a garantia de melhores condições de trabalho e segurança.
O reconhecimento do risco sempre foi bandeira de luta da Fenassojaf e segue como umas das prioridades de atuação da entidade. “Desde o assassinato do Francisco, em 2014, a Fenassojaf encampou a bandeira do reconhecimento do risco da atividade. Infelizmente, é frequente divulgarmos notícias como essa do ocorrido no Rio Grande do Sul; e mais frequente ainda, quando se trata de uma Oficiala de Justiça que, sozinha, esteve nessa situação. Mais do que uma mulher cumprindo um mandado de simples busca e apreensão de um automóvel, temos claramente uma ocorrência de violência de gênero. A Fenassojaf lamenta profundamente que casos como esse ocorram com Oficiais e Oficialas de Justiça em todo o Brasil e segue a luta incansável pela aprovação do risco da atividade e contra qualquer tipo de violência praticada a servidores e trabalhadores”, finaliza a presidenta Mariana Liria.
Fonte: Fenassojaf