Os servidores do Poder Judiciário e MPU do Distrito Federal repudiam o jogo sujo praticado pelo Congresso Nacional que é nocivo não só aos servidores, mas a toda sociedade que sofre as consequências de um Legislativo que se alia ao Executivo para aplicar o ajuste fiscal aos trabalhadores.
O fato de o governo trocar cargos e emendas evidencia a política imoral praticada por parlamentares e governo. Somos testemunhas oculares de parlamentares que declararam apoio à recomposição salarial do Judiciário e MPU e depois de receberem benesses do Palácio do Planalto passaram a declarar voto contrário à derrubada do Veto 26.
O PLC 41/2014 teve um substitutivo aprovado de maneira sorrateira sem levar em consideração os interesses dos servidores do MPU. Já o PL 7920/14 foi aprovado na Câmara e se transformou no PLC 28/15, que também foi aprovado pelo Senado e vetado de forma totalmente equivocada pela presidente Dilma.
O Veto 26 vem desde agosto tentando ser apreciado pelo Congresso Nacional e boicotado pelo governo com manobras escusas que vão desde a derrubada de sessão passando por cima do regimento interno até a compra de votos. A luta dos servidores do Judiciário e MPU pela derrubada do veto tem pautado o governo e evidenciado para todo o Brasil e quiçá, para o mundo, a transformação do Congresso Nacional num balcão de negócios.
Vale ressaltar que nossos projetos não têm nada de absurdo. Trata-se da justa recomposição das perdas inflacionárias. No entanto, o governo quer manter sua política de ajuste fiscal que garante o repasse anual de mais de 40% do orçamento federal para banqueiros.
Nós servidores do Judiciário e MPU repudiamos e denunciaremos a política do governo federal que tenta responsabilizar o funcionalismo e precarizar o serviço público. Denunciaremos também os parlamentares que se aliarem a essa política equivocada que coloca nas costas dos trabalhadores a conta do ajuste fiscal. Essa conta não é nossa!