A atitude do presidente Eduardo Cunha de obstruir a realização da sessão conjunta do Congresso Nacional convocando várias sessões extraordinárias da Câmara para ocupar o Plenário no intuito de forçar a apreciação imediata do veto ao financiamento privado de campanha, publicado na noite de ontem (29/9), adiou a sessão que apreciaria o Veto 26 para a próxima terça-feira (6/10).
Os servidores manifestaram sua indignação no gramado do Congresso e na lateral do Senado. As vuvuzelas ecoaram com vigor. As faixas foram exibidas denunciando as negociatas. Todos os apelos foram feitos por servidores do DF e dos colegas vindos de longe. Grupos de servidores e dirigentes fizeram um intenso trabalho interno, fazendo corpo a corpo com parlamentares. Todos os esforços foram empreendidos. Porém, a sujeira política imperou mais uma vez.
No finalzinho da tarde, o senador Ronaldo Caiado informou aos dirigentes sindicais/servidores que não haveria sessão no Congresso hoje e que havia sido acordado na reunião de Líderes do Senado a realização de nova sessão conjunta na terça-feira (6/10).
O Sindjus repudia o jogo político de Eduardo Cunha e o fato de Renan Calheiros ter aceitado essa chantagem. O fato é que essa “disputa” durou praticamente o dia todo. Na verdade, tudo não passou de um grande teatro para postergar a apreciação do Veto 26. O PMDB quer, na verdade, esperar a anunciação da reforma ministerial para verificar se Dilma cumpre o que prometeu em troca do apoio do partido. O Veto 26 tem sido utilizado pelos parlamentares como moeda de troca para negociar cargos e emendas junto ao Palácio do Planalto.