A reunião do Comando de Greve, no final desta quinta-feira (4), após o panelaço no STF, debateu toda a conjuntura existente em torno do reajuste, decidindo por levar à Assembleia-Geral de hoje (5) a indicação de continuidade da greve por tempo indeterminado.
A representante de Brasília no Comando Nacional de Greve e coordenadora do Sindjus, Sheila Tinoco, apresentou os informes da última reunião, informando que o Comando indiciou a suspensão da greve no dia 10 de setembro com a realização de um ato nacional em frente ao STF. Estavam presentes os oito sindicatos em greve. Informou também que o Comando Nacional sugeriu continuar a mobilização por meio de atos, construindo um calendário com o primeiro ato no dia 24 de setembro, em Brasília. Foi indicado aos estados também que debatam e deliberem em assembleia sobre o posicionamento da categoria sobre a GRAEL.
O Comando de Greve reunido no Hotel Nacional apontou que a greve deve permanecer por tempo indeterminado, aguardando a posse do presidente do ministro Lewandowski como presidente do STF, que afirma que irá negociar o reajuste após sua posse. A manutenção da greve busca que a negociação, então, aconteça imediatamente após a posse, ou seja, após o dia 10.
Calendário
A partir do encaminhamento de continuidade da greve aprovado por ampla maioria do Comando, os presentes construíram um calendário para ser apresentado à categoria durante a assembleia. Lembramos que o Comando de Greve só tem deliberação para fazer sugestões, é a assembleia-geral que decide os passos de nossa luta.
O ponto mais polêmico do calendário supracitado diz respeito ao ato do STF na próxima quarta-feira (10), data da posse do ministro Lewandowski. Na tarde desta quinta-feira, o diretor-geral do STF fez um pedido ao Sindjus para que não houvesse ato nesta data, alertando para a possibilidade de o canal de diálogo com o STF ser fechado como em outras oportunidades.
O Sindjus informou aos presentes da importância de se refletir sobre esse pedido, uma vez que por outros enfrentamentos semelhantes o sindicato já foi sacado da Mesa de Negociação do Ministério do Planejamento e da Comissão Interdisciplinar instalada pelo STF no início deste ano perdendo a oportunidade de levar e defender as reivindicações da categoria nesses espaços.
Diversas falas seguiram em defesa do ato e em defesa de o dia 10 seja um dia de trégua, com ato no STF no dia seguinte à posse. Feita todas as ponderações, a maioria do Comando de Greve aprovou levar à assembleia o encaminhamento de realização do ato no dia da posse do ministro Lewandowski. A assembleia-geral desta sexta-feira deverá decidir sobre a realização do ato no dia da posse de forma coletiva, decisão que, como as demais, precisa ser assumida e cumprida por todos.
Como haviam três propostas de ato, houve votação e ganhou a realização de um ato silencioso até o final da posse do presidente, com direito a servidores com a boca amordaçada.
Dessa forma, o calendário sugerido foi o seguinte:
Segunda-feira: Ato na Justiça Federal (SAUS)
Terça-feira: Abraço no TJDFT-Sede e no MPDFT
Quarta-feira: Ato no STF
Quinta-feira: Ato no STF e Reunião do Comando de Greve
Sexta-feira: Assembleia-Geral
Comando aprova repúdio à Carreiras Próprias, GRAEL e FCs Além da continuidade da greve e do calendário para a próxima semana, a reunião do Comando de Greve aprovou outros pontos importantes que serão levados ao crivo da Assembleia-Geral desta sexta-feira. São eles:
Enviar documento assinado pela Assembleia-Geral às autoridades competentes do Poder Judiciário, do MPU e do Legislativo repudiando as articulações paralelas aos PLs 7919 e 7920/14, como o projeto da GRAEL, projetos que criam milhares de Funções Comissionadas em vários tribunais superiores e a criação de carreiras exclusivas.