Iniciando a Semana de Ocupação da Praça dos Três Poderes, os servidores em greve do Judiciário e do MPU fizeram bonito, comparecendo em peso. Após registrar a presença em frente ao STF com buzinas, apitos, faixas, bandeiras e palavras de ordem, os grevistas foram, em marcha, até o Palácio do Planalto, interditando faixas de trânsito e chamando atenção de policiais, imprensa e dos que estavam na sede do Poder Executivo com muito barulho. Nem mesmo o sol desanimou os servidores que deram o recado à presidenta Dilma, de que não admitem cortes nas propostas orçamentárias do Judiciário e do MPU no tocante ao reajuste da categoria. A reivindicação pelo reajuste, entoada de forma ensurdecedora pela categoria, promete se intensificar ainda mais nos próximos dias motivada pela aproximação do fechamento da PLOA 2015.
Derrubando Boatos Para dirimir os boatos espalhados por aqueles que têm a intenção de enfraquecer o movimento que tem se fortalecido a cada dia, o Sindjus fez questão de explicar aos presentes os bastidores da luta pelo reajuste, inclusive retomando a conversa que os coordenadores tiveram com o ministro Lewandowski no dia 21. O coordenador Jailton Assis recordou os principais pontos da audiência com o presidente do STF, como o fato de Lewandowski ter dito, após a reivindicação de que ele buscasse a presidenta Dilma para garantir o reajuste, de que o impacto era muito difícil de ser viabilizado de uma só vez. O Sindjus defendeu que ele levasse essa proposta a Dilma para ver o quanto era possível conquistar essa alternativa. Ele afirmou que não trabalhava desse jeito e insistiu na possibilidade de uma alternativa. E essa alternativa, que foi apresentada pelo DG, é justamente a implantação parcelada do plano. Os estudos foram produzidos e apresentados ao ministro Lewandowski rapidamente na noite desta segunda-feira (25), e o sindicato aguarda as informações. Jailton também informou que na sexta-feira (22) foi conversar com o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, para pedir que ele juntamente com o ministro Lewandowski inicie as articulações necessárias junto à presidenta Dilma Rousseff. Toffoli se comprometeu a procurar o presidente do STF e defender o respeito à autonomia da proposta orçamentária do Poder Judiciário que inclui os valores para implementação do reajuste da categoria.
Proposta de seis parcelas Segundo informações obtidas pelo sindicato nesta segunda-feira (25), o estudo gerido pelo DG do STF se estrutura na divisão do reajuste em seis parcelas semestrais, com início em 2015 e término em 2017. Jailton explicou que o Sindjus aguarda o posicionamento de Lewandoswski e o repasse da proposta ao sindicato, e ainda afirmou que tudo será levado à categoria de forma transparente. Em relação ao Ministério Público, que se adiantou aprovando um novo texto na reunião do Conselho de Assessoramento Superior do MPU nesta segunda-feira (25), o Sindjus esclarece que defende o projeto mais simples possível e em harmonia com o texto que está sendo elaborado no STF para todo o Judiciário. Questões relacionadas à carreira devem ser discutidas e encaminhadas após a conquista da recomposição salarial e, principalmente, após amplo debate com os servidores de todo o MPU. O que ficou acordado com Rodrigo Janot, procurador-geral da República, em reunião realizada no dia 9/7, foi o envio de um novo projeto de lei com o mesmo teor do substitutivo ao PL 6697, com o único objetivo de garantir a constitucionalidade do projeto.
Passeata nesta quarta O sindicato reforçou que a categoria não deve cair nessa onda de boatos que só visam o enfraquecimento da greve por meio daqueles que torcem o nariz para a unidade alcançada pela categoria. Que todos venham participar da Semana de Ocupação da Praça dos Três Poderes, que nesta quarta-feira (27), conta com Marcha com saída às 15h da na Catedral até o STF, onde realizaremos mais um ato em defesa do nosso reajuste.