O Plano de Cargos e Salários dos servidores do Judiciário
Federal ficou de fora do encontro do presidente do STF, Cezar Peluso, com os
futuros ministros Antonio Palocci Filho e Jose Eduardo Cardozo, ambos do PT
paulista. Os dois estiveram no Supremo Tribunal Federal na sexta-feira (10),
para uma reunião com Peluso. Havia a expectativa de que o impasse na previsão
orçamentária para o PCS fosse abordado, mas isso não ocorreu.Segundo informações obtidas no tribunal por Antonio
Melquíades, o Melqui, dirigente da federação (Fenajufe) e do sindicato de São
Paulo (Sintrajud), a reunião teria sido meramente protocolar entre o presidente
da mais alta corte do país e dois ministros do próximo governo.Cardozo ficou ?devendo? resposta. Pouco antes do segundo turno da eleição, o deputado federal
José Eduardo Cardozo se reuniu com dirigentes da federação e do Sintrajud para
ouvir as reivindicações da categoria. Declarou ser simpático ao projeto que
reestruturava o plano de cargos e prometeu levar o assunto ao conhecimento da
candidata Dilma Rousseff, de quem era um dos principais coordenadores de
campanha e será futuro ministro da Justiça. Não tocou mais no assunto após a
eleição. Já Palocci, que integra a equipe de transição de governo, será o chefe
da Casa Civil do governo Dilma.Embora a ausência do “PCS? da conversa entre os futuros
ministros e Peluso tenha contrariado o que se avaliava, não havia muita
expectativa por parte da direção do STF de que desse encontro saísse alguma
proposta oficial. O mesmo não vale para a conversa prevista para os próximos
dias entre o presidente do Supremo e o ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo.Ao menos é o que revelou o juiz auxiliar da Presidência do
STF, Fernando Marcondes, que recebeu os servidores durante a sessão do Supremo
ocorrida na quinta-feira (9). Segundo afirmou, o tribunal trabalha com a ideia
de que essa reunião possa definir uma posição oficial sobre o PCS. Marcondes disse aos servidores que o encontro entre Peluso e
Bernardo deveria ocorrer na sexta-feira passada, dia 10. Mas, de acordo com o
que se verificou posteriormente na assessoria do ministério, isso não ocorreria
naquela data. Estaria sendo articulado para que a reunião aconteça na
terça-feira (14), embora não haja certeza sobre isso. Comando: orçamento está em disputa. Reunido na quinta-feira passada, o Comando Nacional de Greve
avaliou que a questão orçamentária ainda está em disputa. E fez um chamado a
todos os servidores, de Estados em greve ou não, a participarem de todas as
formas possíveis das atividades desta semana, a última antes do início do
recesso judiciário. É um esforço que pode ser decisivo para pressionar o governo
e o STF a chegarem a um acordo que atenda aos servidores e mude o quadro atual
do Orçamento, no qual os servidores ficam com ?reajuste zero? e apenas
magistrados e procuradores têm suas remunerações corrigidas.
Fonte: Jusbrasil