A reunião entre os diretores-gerais dos Tribunais Superiores e representantes do Ministério do Planejamento aconteceu, mas não houve avanços na negociação. O Judiciário não teria sequer apresentado proposta alternativa de implementação da revisão do Plano de Cargos e Salários, segundo informou o secretário de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira, aos servidores.
Não foi permitida a participação de representantes da Federação Nacional (Fenajufe) e do Comando Nacional de Greve, como havia sido reivindicado pelos trabalhadores. Segundo a direção do STF, o presidente Cezar Peluso teria dito que seria uma reunião de um ?Poder? com outro ?Poder?.
Cerca de 40 servidores fizeram uma espécie de ?vigília?, no início da noite, na entrada do Bloco K do Ministério do Planejamento, onde fica o gabinete do ministro, mas ao término da reunião os diretores dos tribunais aparentemente evitaram cruzar com os trabalhadores ao saírem do prédio.
Apenas o diretor-geral do Superior Tribunal Militar, Moisés Francisco de Souza, conversou rapidamente com os servidores e disse que o resultado da conversa seria levado pelo secretário-executivo ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Participaram da reunião diretores-gerais dos Tribunais Superiores e, pelo Planejamento, o secretário-executivo, João Bernardo. A proposta não teria sido apresentada, segundo Amarildo, porque o secretário disse aos diretores-gerais que não estava autorizado a falar em parcelamento, e que iria levar a questão ao ministro Paulo Bernardo.
O secretário relatou o resultado da reunião ao diretor da Federação Nacional Antonio Melquíades, um dos dirigentes designados pelo Comando Nacional de Greve para participar das negociações.
O novo impasse teria levado os diretores-gerais a procurar, logo depois da reunião, o presidente do STF, a quem teria sido feito um relato do que ocorrera. Segundo o secretário de Recursos Humanos, a Presidência do Supremo aguardará o retorno do ministro do Planejamento.
Estima-se que a reunião tenha durado pouco mais de uma hora e meia. Participaram os diretores do STF, TST, CJF, CNJ, STM, entre outros. Nesta quinta-feira (10), o Comando Nacional de Greve tentará marcar nova reunião com o diretor-geral do Supremo, para buscar mais detalhes do que ocorreu e cobrar iniciativas que ponham fim ao impasse. Na avaliação de servidores aguardavam o desfecho da negociação, agora é preciso fortalecer ainda mais a greve.
Fonte: SINTRAEMG por Hélcio Duarte Filho.